É muito grave a situação das mais de 150 pessoas presas em uma festa na zona oeste da cidade, acusadas de pertencerem a um grupo de Milícias.
A polícia do Rio de Janeiro, problemática e suja como é, não deu conta das pressões que denunciaram de forma potente, através do jornal The Intercept Brasil e em seguidas por algumas mídias hegemônicas (que nem deram crédito), o crescimento das milícias na cidade.
Soma-se a isso o assassinato de #MarielleFranco e #AndersonGomes, que chegando a um mês, pouco avanço houve nas investigações e inclusive, por algumas vezes circulou pela mídia hegemonica um possível envolvimento de milícias nos assassinatos de nosso amigo e amiga.
Ou seja. Na ânsia de tirar o foco e dizerem que “fazem algo”, invadem uma festa e saem prendendo todo mundo, de forma totalmente bizarra e inacreditável, dizendo que todas as pessoas ali eram milicianas, de forma indiscriminada.
“Dentre os presos: 18 têm carteira assinada, 17 tiveram emprego formal e hoje trabalham sem vínculo. Há cozinheiro, ajudante de pedreiro, repositor de supermercado, lavador de carro, vendedor de loja, pedreiro, motorista de Uber e ônibus, atendente de lanchonete, açougueiro. Dois têm curso superior (administração e contabilidade), um é funcionário da Funarte. Dois que constituíram advogados, um é gari da Comlurb; outro, professor da Uerj.”
Familiares estão em total desespero, diante de mais uma ação covarde da polícia e de uma dita segurança pública que não incluiu as periferias como quem precisa estar seguro/a, mas como inimigas, apenas.
É como se tivessem invadido um baile na favela, ou um evento fechado e prendido todos os homens como envolvidos com o crime organizado e fim, sem investigação, sem aprofundamento, sem nada!
COMO ASSIM?? Esses dias foi lá, amanhã, pode ser na nossa área. ISSO É GRAVE!
Raull Santiago – Coletivo Papo Reto / Complexo do Alemão